
O Vampiro tem a maravilhosa característica de ter sido humano.
É um ser especial, um deus, o qual podemos nos tornar.
Paródia de Cristo, Buda, do Avatar, o homem feito deus.
Frater Piarus Para o Vampiro não há céu nem inferno, um paradoxo a caminhar primevo entre os mundos, Morto-vivo.
Outrora homem, agora antideus.
Sua antivida é pautada pela violência, sede de sangue, paixão e terror, o horror que se esconde nas sombras.
Quebrando e destruindo todas as normas, regressando ao atavismo mais profundo.
Um ser habitante do limbo, um limbo glorioso, isso é o vampiro.
Sua ocorrência geográfica a tudo engloba, dos Bálcãs ao Egito, dele aos confins das florestas equatoriais da Amazônia e, é claro, até as distantes galáxias.
Civilizações, como Sumerianos, Babilônicos, Indianos e os povos Hebreus, Maias e Astecas conviveram com o fenômeno do Vampirismo.
Seus ataques foram registrados à luz do dia, e à luz da Era das Luzes, dividindo o palco com Diderot e Voltaire em plena era do Iluminismo.
Deixando o racionalismo de cabelo em pé, o epicentro dos ataques não foi algum confim distante, mas o esclarecido Império Austro-Húngaro, justamente a Áustria que seria a pátria de Sigmund Freud.
Desde Arquétipo desconcertante, deste tabu é que trataremos neste livro, pois o vampiro está ali no espelho, repousando, destruindo e salvando, afinal além de matar sua vítima ele confere a vida eterna.
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